Eu sou o mundo inteiro

 

Projeto de exposição que promove um diálogo entre os moradores e moradoras do conjunto de favelas da Maré e os jovens de Montbéliard, na França, explorando temas como visibilidade, invisibilidade e identidade.

Participação na coletiva (Con)Vivências, no ‘Le 19 Centre Régional d’Art Contemporain’ - CRAC.

Quando você se sente invisível? O que você faz para ficar visível? Como você gosta de ser visto? Como você se vê quando ninguém está te olhando?

 

“Me sinto parte do mar”

Essa foi a resposta de Carlos Miranda, mestre e parceiro de muitos projetos da Azulejaria na Maré, à pergunta: “Como você se vê quando ninguém está te olhando?” Além de ser um dos melhores ladrilheiros que existem, Carlos também é pescador.

 
 
 


“Muito prazer, eu existo”

O projeto, que aborda o tema da invisibilidade, foi construído a partir de fragmentos de um diálogo entre os habitantes do conjunto de favelas da Maré, no Rio de Janeiro, e os jovens e refugiados de Montbéliard e arredores.

Raniery Soares, Julia Chagas e Bruno Rodrigues, ex-alunos das oficinas da Azulejaria na Redes da Maré, foram convidados a refletir conosco sobre o que a Maré gostaria de dizer e saber sobre esse local na França.

 
 

Em Montbéliard, o tema foi discutido entre grupos de jovens estudantes e refugiados, com a mediação da equipe social do CRAC. As perguntas foram impressas em cartazes e espalhadas pela cidade, e cartões postais foram distribuídos para que as pessoas enviassem suas respostas ao centro de artes. Os centenas de depoimentos recebidos, tanto de lá quanto daqui, resultaram nas frases selecionadas para a composição da exposição.

 

Durante a semana de montagem da exposição, recebemos jovens para participar de oficinas e adultos em processo de reabilitação que estavam prestes a iniciar seus primeiros empregos.

 
Vivências mescla documentação histórica com obras contemporâneas para ativar, viver e transformar, seja para decifrar o diagrama de Ricardo Basbaum, exorcizar seus medos com Rivane Neuenschwander ou cozinhar hibridações culturais com Amilcar Packer. Algumas obras também oferecerão um testemunho de experiências artísticas de longo prazo, como a Azujelaria, de Laura Taves, na Favela de Maré, há mais de dez anos.
— Adeline Lépine, curadora

Um projeto colaborativo
Maré, Rio de Janeiro e Montbéliard.

Autoria
Laura Taves e João Rivera, a partir de argumento original de Júlia Chagas, Bruno Rodrigues e Raniery Soares

Equipe de produção Azulejaria
Márcia Queiroz e Lúcia Rodrigues

Design
Paula Delecave e Nelson Monteiro

Montagem
João Rivera, Laura Taves e Paula Delecave

Curadoria (Con)Vivências
Adeline Lépine

Equipe CRAC 19
Com a participação dos habitantes de Montbéliard, Sochaux, D’Exincourt, Du Vieux Charmont, des villes de L’agglomération de Montbéliard e da Nova Holanda, Timbau, Parque Maré, Rio de Janeiro.


Montbéliard, 24 de maio de 2019.

 
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